Inexperiência pode barrar Andrade na presidência da Petrobras, dizem analistas
O estatuto social da Petrobras prevê que os membros da diretoria executiva tenham experiência em cargos de liderança, de preferência na área

Atualizado há cerca de 1 mês
São Paulo, 24 de maio – A falta de experiência de Caio Mário Paes de Andrade em cargos de liderança no setor de óleo e gás pode barrar a indicação do executivo à presidência da Petrobras, segundo analistas.
Aliado do ministro da Economia, Paulo Guedes, e escolhido pelo governo para substituir José Mauro Ferreira Coelho faltando pouco mais de quatro meses para as eleições presidenciais, Andrade tem longa experiência à frente de uma desenvolvedora de startups e presidiu por um ano a estatal Serviço Federal de Processamento de Dados, antes de se tornar Secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, em agosto de 2020.
O estatuto social da Petrobras prevê que os membros da diretoria executiva tenham ao menos dez anos de experiência em cargos de liderança, “de preferência no negócio ou em área correlata” — no caso, no setor energético.
“Ainda é incerto se a indicação de Andrade atenderá às regras internas da Petrobras”, avaliou a equipe de analistas do Itaú BBA em relatório assinado por Monique Greco e Eric de Mello.
Segundo o jornal Valor Econômico, o conselho de administração da Petrobras se reúne nesta quarta-feira para convocar uma Assembleia Geral Extraordinária que avaliará a indicação de Andrade e de um novo conselho.
Em relatório, o Morgan Stanley lembrou que o nome de Andrade já havia sido cogitado na Petrobras após a demissão do general Joaquim Silva e Luna, no fim de março. Na ocasião, Adriano Pires acabou sendo o primeiro escolhido, mas ele rejeitou o cargo, possibilitando a nomeação de José Mauro Coelho.
Os analistas do Morgan Stanley Bruno Montanari e Guilherme Levy avaliaram que a segunda troca de diretor-presidente da Petrobras em menos de um mês aumenta a percepção de risco de interferência política na companhia e traz “volatilidade desnecessária” aos papéis da petroleira.
Perto das 15h25, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) derretiam 3,90%, a R$31,28, liderando as perdas do Ibovespa em pontos.
Texto: Gustavo Boldrini
Edição: Gabriela Guedes
Imagem: Vinicius Martins / Mover
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