ADR da Petrobras cai após governo trocar presidente da estatal
Com a nova interferência da União na diretoria da Petrobras, os recibos de ações da estatal negociados em Nova York recuam nesta manhã

Atualizado há cerca de 1 mês
São Paulo, 24 de maio – O governo federal anunciou ontem a terceira troca de presidente da Petrobras em pouco mais de um ano, indicando Caio Mário Paes de Andrade para o lugar de José Mauro Ferreira Coelho, reforçando o papel do ministro Paulo Guedes no setor em meio às pressões do presidente Jair Bolsonaro contra os reajustes de preços da estatal.
Com a nova interferência da União na diretoria da estatal, os recibos de ações da companhia negociados em Nova York, ADRs, caíam 2,31% no pré-mercado americano perto das 7h35, em dia no qual os papéis negociam ex-dividendos.
A escolha de Paes de Andrade, atual secretário de desburocratização do Ministério da Economia, representa mais uma vitória de Guedes após a troca de Bento Albuquerque por Adolfo Sachsida, seu aliado, no comando do Ministério de Minas e Energia.
A mudança mostra que “o Ministério da Economia está mais no controle do que nunca da petroleira”, avalia o economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito. Para ele, “não parece razoável” cogitar uma mudança na política de paridade internacional de preços de combustíveis promovida pela estatal desde o governo de Michel Temer.
A troca também pode agilizar os estudos sobre a privatização da Petrobras e da PPSA, estatal focada na exploração e produção no pré-sal, que foram incluídos por Guedes e Sachsida no Programa de Parcerias de Investimentos.
José Mauro Coelho, que assumiu a Petrobras há 40 dias, era indicado por Albuquerque. Agências de notícias relataram há alguns dias um processo de “fritura” sofrido por Coelho com a demissão do próprio ex-ministro de Minas e Energia e as críticas abertas de Bolsonaro ao aumento nos preços do diesel anunciado pela estatal em 9 de maio.
Foi a terceira troca de presidente da Petrobras promovida por Bolsonaro em pouco mais de um ano. Roberto Castello Branco foi demitido em abril de 2021, sendo substituído pelo general Joaquim Silva e Luna. O militar foi demitido no fim de março e trocado por Coelho, que assumiu em 14 de abril após tentativa fracassada do ministério de Minas e Energia de emplacar o nome de Adriano Pires no cargo.
Texto: Gustavo Boldrini
Edição: Guilherme Dogo
Imagem: Vinicius Martins / Mover
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