Mercados oscilam em virada do semestre; no radar, denúncias sobre vacinas: Espresso
Mercados devem mostrar volatilidade pelo fechamento do mês, trimestre e semestre, e, no Brasil, pelas denúncias sobre vacinas. Saiba mais!

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Atualizado há 12 meses
São Paulo, 30 de junho – No último dia de negócios de junho, do trimestre e do semestre, é esperada volatilidade com ajuste de posições nos mercados. Os índices futuros de Nova Iorque recuam após novos recordes de S&P500 e Nasdaq no mercado à vista na véspera.
Já no Brasil, a chegada do segundo semestre se dá em ambiente de confluência de fatores de risco. À repercussão ruim da proposta de Reforma Tributária, que mexe nos impostos para o setor produtivo e o mercado financeiro, junta-se a crise hídrica, que ameaça a inflação e obrigou o reajuste de 52% na bandeira tarifária de energia elétrica a partir de julho.
Mercados acompanham desenrolar da denúncia sobre propina das vacinas
Na noite de ontem, subiu de tom o ruído político provocado pelas denúncias de irregularidades em processos de compras de vacinas. O Diário Oficial da União traz hoje a exoneração do diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias. Isto ocorreu depois de denúncia de que teria cobrado propina de um negociante de vacinas. Essa denúncia não tem provas conhecidas. Porém, dá ímpeto à CPI da Covid e pode impactar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro e votações no Congresso.
Jair Bolsonaro, que não se pronunciou sobre o episódio até agora, participa de eventos públicos no Mato Grosso do Sul. Os mercados estão de olho na denúncia do empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira, da Davati Medical Supply, de que um representante do Ministério da Saúde pediu propina para que suas vacinas fossem compradas pelo governo estremeceu Brasília na noite de ontem. A reação nas redes sociais, no entanto, foi explosiva.
Governo pode usar como defesa a exclusividade de compras pela Fiocruz
Contudo, a denúncia veiculada pelo jornal Folha de S. Paulo em entrevista com Dominguetti, pode ter fôlego curto à medida que o governo já possui uma defesa pronta: a exclusividade de compras pela Fiocruz, disseram os nossos editores Machado da Costa e Simone Kafruni. Em nada esta denúncia se parece com eventos recentes da política, como a gravação do ex-presidente Michel Temer, que culminou no chamado “Joesley Day”.
A suposta indicação de Roberto Ferreira Dias para o ministério obrigou o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, a emitir uma nota pública pela segunda vez em três dias. O parlamentar nega que Dias seja sua indicação. “Desconheço totalmente a denúncia da Davati”, concluiu.
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Texto: TC Mover
Edição: Letícia Matsuura
Arte: TC Mover
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