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Em meio à expectativa dos investidores por fatos concretos da agenda de reformas por aqui, a temporada de resultados nos Estados Unidos e a votação do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia geram volatilidade nesta terça-feira; bolsa e dólar atravessam um pregão de sobe e desce, sem firmar uma tendência.
Por volta de 13h10, após renovar a máxima histórica na véspera, o índice Bovespa tinha leve baixa de 0,03%, aos 94.443 pontos, pressionado pela queda das ações do Itaú, que lideraram o rali do Ibovespa até aqui neste ano, segundo cálculo do BTG Pactual. Já o dólar futuro negociado na B3 subia 0,22% a R$3,709 e os juros futuros apontavam para cima, sobretudo aqueles com vencimento mais longos, em ajuste após quedas recentes.
De acordo com o jornal O Globo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, devem se reunir nesta tarde com a equipe do Ministério da Fazenda para acertar detalhes finais do projeto de reforma da Previdência. Depois, a proposta será enviada por Guedes ao presidente Jair Bolsonaro antes da viagem dele a Davos, na segunda-feira. Pesquisa da XP Investimentos/Ipespe revelou que 71% da população apoia a mudança no sistema de aposentadorias.
Em termos de variação, a ponta positiva do índice Bovespa estava dominada por papéis mais ligados à economia doméstica, como Via Varejo, B2W, Klabin e Iguatemi. O volume de vendas no varejo cresceu 2,9% em novembro de 2018, na comparação com o mês anterior, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o maior resultado para o mês de novembro da série histórica da pesquisa, iniciada em 2000.
Lá fora, os índices americanos exibiam variações positivas, apesar do desânimo com o lucro abaixo do esperado reportado pelo JPMorgan Chase. A iniciativa do governo chinês em mais uma rodada de estímulos à economia ajuda a amenizar a aversão ao risco, favorecendo as cotações de commodities metálicas e do petróleo. Mas o mercado segue atento aos desdobramentos sobre o acordo do Brexit, cuja votação é esperada para começar às 17h00, horário de Brasília.
Se a proposta firmada entre a primeira-ministra britânica, Thereza May, e os líderes da União Europeia for derrotada – como é esperado –, o governo teria ainda três dias para retornar ao parlamento com um novo projeto. Mas, a depender do placar da votação, as especulações vão desde colapso do governo britânico, novas eleições até termos piores para a saída britânica do bloco, mantendo as incertezas do pleito.
(Foto: Theresa May, premiê do Reino Unido/Gazeta Digital)
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