Ibovespa tem pior mês desde março; no radar, FOMC, Payroll, ata do Copom: Espresso

São Paulo, 29 de outubro – O Ibovespa teve a quarta queda seguida, encerrando outubro com a maior perda mensal desde março em meio à piora das expectativas para as contas públicas e um cenário de juros mais altos. O dólar acompanhou o pessimismo e, apesar da queda hoje no mercado futuro, fechou o mês em alta.

O índice brasileiro fechou em queda de 2,09%, a 103.500 pontos, pressionado pelo recuo da Petrobras e da Vale e pelo aumento da percepção de risco fiscal, engatando o quarto mês consecutivo no negativo, com recuo de 6,74%. Na semana, o índice caiu 2,63%.

Mas o pior impacto ocorreu nos juros futuros, que fecharam projetando 12,13% para o ano que vem, o maior nível desde dezembro de 2016. Em ajuste, a curva de juros recuou em até 31 pontos-base, também refletindo congelamento do ICMS sobre combustíveis, e o dólar futuro caiu 0,29%, a R$5,660 hoje e 0,42% na semana, mas avançou 2,93% no mês.

EUA na direção contrária do Ibovespa

Já em Nova York, os índices fecharam com recordes com balanços e S&P500 e Nasdaq registrando o melhor mês do ano. O petróleo também teve um mês positivo, com o Brent para janeiro avançando 6,32% no mês e o WTI para dezembro 10,36%.

As bolsas americanas superaram a decepção com os balanços da Apple e da Amazon e renovaram os recordes de fechamento na última sessão do mês. O S&P500 fechou em alta de 0,19%, o Nasdaq 100, 0,46%, e o Dow Jones, 0,25%. No mês, subiram 5,70%, 7,16% e 4,35%. O petróleo Brent e WTI avançaram 0,07% e 0,92% hoje, apoiados pela expectativa de manutenção de cortes de produção pela Opep+ em sua reunião.

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Texto: Mover
Edição: Letícia Matsuura
Arte: Vinícius Martins / Mover