Ibovespa firma queda com cautela nas bolsas mundo afora e riscos fiscais
Temores fiscais no Brasil pesam no Ibovespa, que ainda é afetado pelo sentimento de cautela no exterior com a política monetária nos EUA

Atualizado há cerca de 1 mês
São Paulo, 29 de junho – O Ibovespa firmou queda no início da tarde desta quarta-feira, refletindo o aumento do peso de temores fiscais no Brasil e o sentimento de cautela nas bolsas ao redor do mundo, após falas de dirigentes de política monetária.
Perto das 15h35, o Ibovespa recuava 0,82%, aos 99.762 pontos, com maior pressão dos papéis ordinários da Vale (VALE3) e os preferenciais do Bradesco (BBDC4), que caíam 0,72% e 2,07%, respectivamente.
No exterior, próximo do mesmo horário, os índices americanos operavam mistos, com S&P500 perto da estabilidade, Dow Jones subindo 0,43% e Nasdaq 100 recuando 0,09%. Nesta manhã, o mercado repercutiu a terceira e última leitura do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos, publicada nesta quarta-feira. Segundo o Departamento do Comércio do país, o PIB americano encolheu 1,6% no primeiro trimestre.
Além dos dados de crescimento econômico nos EUA, falas de dirigentes de política monetária também chamaram atenção. Em Portugal, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, declarou temer que o banco central americano “vá longe demais” – referindo-se à atual atuação contracionista e ao receio do mercado por uma recessão econômica.
Em congruência, a diretora do Fed Loreta Mester voltou a afirmar em entrevista à CNBC, nesta manhã, que o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos “apenas começou”.
No Brasil, o mercado acompanha os desdobramentos fiscais da Proposta de Emenda à Constituição dos Combustíveis, cujo impacto será de R$38,75 bilhões, segundo o relator da matéria, senador Fernando Bezerra.
A proposta vai tramitar em conjunto com a PEC 1/2022, que cria o vale combustível para caminhoneiros, para agilizar a tramitação. Além disso, a matéria reconhece o estado de emergência, que permite despesas fora do Teto de Gastos.
Sobe e desce do Ibovespa
Entre os índices da B3, a maior queda era vista no índice de BDRs, que recuava 1,40%, em linha com a desvalorização de 1,36% do dólar frente ao real. Destaque também para a queda de 1,28% do índice financeiro.
Perto das 15h45, as ações ordinárias da Qualicorp (QUAL3) lideravam as quedas percentuais no Ibovespa, despencando 8,85%, seguidas pelas ordinárias da CVC (CVCB3) e da Positivo (POSI3), que caíam 6,23% e 5,52%, respectivamente.
Na ponta oposta, as ordinárias da Rede D’Or (RDOR3) e da SLC Agrícola (SLCE3) puxavam as altas percentuais, subindo 2,97% e 2,47%, respectivamente.
Texto: Gabriel Brondi
Edição: Allan Ravagnani e Stéfanie Rigamonti
Imagem: Mover
Comentários: [email protected]
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