Ibovespa tomba e todas as ações ficam no vermelho com nova cepa

Ribeirão Preto, 26 de novembro – O Ibovespa tombava com todas as ações operando no vermelho, pressionado especialmente pelas aéreas e empresas ligadas às commodities, em meio à aversão ao risco global com a nova cepa do coronavírus descoberta na África do Sul.

O índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo recuava 3,58% a 102.027 pontos, perto das 17h05, com as empresas ligadas à reabertura liderando as perdas, diante de incertezas com a nova cepa Ômicron, fator que também eleva o dólar.

As ações preferenciais da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL4) figuravam no topo das perdas percentuais, com quedas de 13,37% e 11,17%, respectivamente. Na sequência, o papel ordinário da CVC (CVCB3) derretia 11,01%.

A Vale e a Petrobras retiravam o maior número de pontos do Ibovespa, em dia de forte desvalorização das commodities. A ordinária da mineradora (VALE3) caía 2,94%, seguida pela preferencial (PETR4) e ordinária da petroleira (PETR3), que recuavam 4,29% e 4,75%, respectivamente.

O temor pela nova variante detectada na África do Sul fez os contratos futuros do petróleo Brent no mercado internacional recuarem mais de 10%, na pior queda desde abril de 2020, visto que eventuais novas restrições de circulação adotadas por governos para combater ao coronavírus afetariam a demanda pela commodity.

Nesta tarde, a Organização Mundial de Saúde, OMS, reconheceu que a nova variante do coronavírus, nomeada de Ômicron, é considerada “preocupante”.

Com isso, em Nova York, o índice Dow Jones fechou a sessão em queda de 2,53%. O S&P500 caiu 2,27% e o Nasdaq 100, 2,09%. Hoje, os pregões americanos foram mais curtos, no dia pós-feriado de Ação de Graças.

No cenário político local, a pauta principal ainda é a Proposta de Emenda à Constituição dos Precatórios. Há pouco, o Scoop By Mover noticiou que senadores opositores veem a PEC aprovada mediante negociação, mas que a matéria ainda não está pacificada na Casa e precisa de mudanças.

Texto: Clara Guimarães
Edição: Renato Carvalho e Stéfanie Rigamonti
Arte: Mover