Exportadoras sobem com dólar e China, na contramão do Ibovespa

São Paulo, 22 de outubro – Grande parte dos papéis de companhias com receitas atreladas ao câmbio opera em alta no pregão desta sexta-feira, na contramão do Ibovespa, seguindo movimento de alta do dólar futuro e alívio de tensões envolvendo a crise imobiliária da China.

O setor de celulose é destaque, com Suzano (SUZB3), Klabin (KLBN11) e Irani (RANI3) subindo respectivamente 9,49%, 6,00% e 0,29%, perto das 12h15. O dólar futuro sobe 1,35% ante o real, negociado a R$5,741.

Além do dólar, o otimismo é puxado pelo pagamento de parte da dívida da incorporadora chinesa Evergrande, que reduz os temores de crise no país asiático, principal mercado consumidor da celulose brasileira.

Outro setor beneficiado pela China é o de mineração e siderurgia, na esteira da alta de 2,22% do minério de ferro negociado em Qingdao. Vale (VALE3) sobe 1,78%, e CSN Mineração (CMIN3) ganha 0,33%.

No mesmo horário, o Ibovespa operava em queda de 3,68%, cotado aos 103.771 pontos, com forte impacto dos receios em relação à política fiscal e aos rumores de que o governo federal estaria estudando substitutos para o ministro da Economia, Paulo Guedes, segundo o veiculado pela coluna de Valdo Cruz, no G1.

Texto: Gustavo Boldrini
Edição: Karine Sena e Stéfanie Rigamonti
Arte: Vinicius Martins / Mover