Devido à pandemia, bancos pioram projeções para déficit e varejo
Bancos dizem que consequências da segunda onda da pandemia no país e volta dos gastos referentes à crise serão sentidas nos próximos meses

Atualizado há cerca de 1 ano
São Paulo, 12 de abril – Para os bancos Itaú e Santander, as consequências do recrudescimento da pandemia no país e a volta dos gastos referentes à crise sanitária serão sentidas nos próximos meses. As análises foram publicadas nos relatórios macroeconômicos das instituições.
Déficit primário do governo deve ficar em 2,80% do PIB, estima Itaú
O Itaú incorporou nas projeções os gastos do governo com a segunda rodada do auxílio, estimada em R$100 bilhões fora do Teto de Gastos. A projeção anterior foi de R$62 bilhões.
Com isso, o banco estima que o déficit primário do governo ficará em 2,80% do Produto Interno Bruto, PIB, em 2021. A última estimativa de 2,50%. O Itaú ainda alerta que “dada a dinâmica da pandemia, existe um risco não desprezível de flexibilização adicional do regime fiscal do Teto de Gastos à frente”.
No entanto, o Itaú pondera que as consequências econômicas da segunda onda da Covid-19 são menores do que no ano passado. Por isso, o banco manteve a projeção de crescimento do PIB em 3,80% para 2021 e 1,80% em 2022.
Para o Santander, varejo deve ter forte queda em março, com piora da pandemia
Já o Santander estima uma forte queda em março para o varejo ampliado e restrito, que conta com as vendas de materiais de construção e veículos, reflexo direto dos apertos das medidas restritivas, devido à segunda onda da pandemia.
Segundo os economistas do banco espanhol, o indicador de varejo IGet, índice interno do banco, teve queda de 3,40% no varejo ampliado e de 4,60% no varejo restrito em março. Com base nesses dados, o banco estima uma queda brusca dos dados de varejo ampliado para o mês passado em 12,80%. Já para o varejo restrito, a projeção é de recuo de 6,20%.
No relatório, os analistas do Santander afirmam que a recuperação do setor será gradual, ligada à pandemia, “com o progresso da campanha de vacinação e o retorno habitual da mobilidade, com adição de uma nova rodada do auxílio emergencial”.
Texto: Guilherme Dogo
Edição: Bárbara Leite e João Pedro Malar
Arte: Vinícius Martins / TC Mover
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