Bolsas recuperam perdas; no radar, Jerome Powell, ata do Copom, Eletrobras, reformas: Espresso

São Paulo, 21 de junho – As bolsas fecharam em alta nos EUA e no Brasil, recuperando parte das perdas da semana passada. O Dow Jones Industrial, que sofreu mais com as indicações do Federal Reserve de que os juros americanos podem subir antes do esperado, teve hoje a maior alta desde 5 de março. O índice está novamente perto de suas máximas históricas, assim como o S&P500 e o Nasdaq. Mesmo assim, o Dow ainda acumula perda de 1,5% em cinco pregões.

Bolsas aguardam sabatina de Jerome Powell

Os juros longos americanos registraram fortes oscilações, reagindo às declarações de dirigentes do Federal Reserve durante o dia, com o rendimento do Treasury de dez anos chegando a cair para 1,35% ao ano, o menor nível desde fevereiro. As taxas se recuperaram depois e, no fim do pregão, aceleraram para 1,497%, alta de 4,7 pontos-base sobre sexta-feira, após a divulgação da apresentação que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fará amanhã no Subcomitê da Crise do Coronavírus da Câmara dos Representantes.

Jerome Powell afirma no texto que a alta da inflação deve ser temporária, o que pode significar juro mais baixo agora e mais alto no longo prazo. Amanhã ele deverá ser questionado sobre a manutenção dos incentivos para a economia pelos deputados, o que pode influenciar nas bolsas.

O dólar também se ajustou depois da alta forte da semana passada. O índice DXY fechou em baixa de 0,40%, mas ainda em alta de 1,47% em cinco dias. O recuo da moeda americana favoreceu as commodities, em especial o petróleo. O barril do tipo WTI atingiu os maiores valores desde 2018, ajudado também pelo cenário político mais complicado no Irã após a eleição deste fim de semana, o que pode dificultar o acordo nuclear com os EUA.

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Texto: TC Mover
Edição: Letícia Matsuura
Arte: TC Mover

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