Bolsas recuam com vírus; no radar, Trump-Biden, China, Renda Cidadã: Espresso
As bolsas encerraram a terça em queda, diante do receio de crescimento dos casos de coronavírus. O Ibovespa voltou a menos de 94 mil pontos.

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Atualizado há mais de 1 ano
As bolsas encerraram a terça-feira, 29, em queda, diante do receio de crescimento dos casos de coronavírus, que já matou mais de 1 milhão no mundo todo. A Europa retomou restrições de circulação e a nova onda de contaminação ameaça vários Estados americanos.
Os investidores também aumentaram a cautela diante do debate de hoje à noite, entre o presidente republicano Donald Trump, que luta pela reeleição, e o democrata Joe Biden. O confronto, que marcará 60 anos de debates transmitidos ao vivo nos Estados Unidos, trará mais detalhes das propostas de cada candidato e deverá influenciar de maneira mais direta os negócios nos próximos dias.
Trump é visto como favorito dos investidores, por sua política de cortes de impostos e menor intervenção na economia, mas Biden está na frente nas pesquisas e sua performance no debate pode mudar o jogo dos mercados.
Pesquisas sobre vacinas também podem melhorar o humor. Resultados preliminares de testes da vacina desenvolvida pela Johnson & Johnson mostraram que ela é segura e induziu resposta imune mesmo após uma única aplicação. No Brasil, a Anvisa decidiu adotar um mecanismo mais rápido liberar as vacinas, a “submissão contínua”.
Sinal de alerta
No Brasil, além do exterior, o Ibovespa sofreu com o aumento do risco fiscal após sinais de falta de sintonia entre líderes governistas no Congresso e a equipe econômica na busca por recursos para financiar o Renda Cidadã, programa que deve substituir o Bolsa Família.
A proposta de usar recursos de precatórios e da educação básica anunciada ontem repercutiu muito mal nos mercados e aumentou as dúvidas se o governo conseguirá manter o teto de gastos no ano que vem.
Ibovespa de volta a junho
O Ibovespa caiu mais de 1% e voltou para a menor pontuação desde 16 de junho. Os juros voltaram a subir, tanto no mercado futuro quanto nos títulos do Tesouro. Mas o dólar caiu diante do real, acompanhando o exterior.
A queda do petróleo também ajudou a derrubar o Ibovespa via Petrobras. O receio do impacto sobre o consumo da pandemia pesou mais sobre o petróleo do que a redução dos estoques brutos nos EUA, de 831 mil barris na semana, segundo a API. Amanhã, a EIA divulga dados de estoques.
Arte: Nathália Reiter
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