Grande fornecedora da Apple suspende operação na China

São Paulo, 14 de março –  Uma nova onda de covid-19 na China causou a paralisação de atividades da Foxconn, fabricante de iPhones da Apple, devido às duras restrições de isolamento impostas em Shenzhen e Xangai, dois importantes polos produtores de eletrônicos do país.

A medida pode agravar a crise na cadeia de suprimentos e de produção que atinge as indústrias desde o início da pandemia.

A suspensão ocorre dias após a Apple anunciar o lançamento de uma linha produtos, incluindo um iPhone mais barato em relação aos demais aparelhos de seu portfólio.

De acordo com a CNBC, analistas afirmaram que 50% dos celulares da Apple são produzidos em outra província chinesa, ainda não impactadas pelas restrições, e que a companhia pode aumentar a produção nesse polo para recuperar eventuais perdas com a paralisação da Foxconn.

As restrições causadas pelo novo surto de covid-19 na China serão revisadas em uma semana pelas autoridades. De acordo com a Reuters, esta é a maior onda de coronavírus que o país enfrenta em dois anos – desde o início de 2022, a China registrou mais casos sintomáticos do que em todo o ano passado.

Além da Apple, Toyota e Volkswagen também podem ser afetadas pela paralisação da Foxconn, já que a fabricante também é fornecedora de insumos para montadoras das duas marcas de automóveis.

Perto das 11h40, as ações da Apple no mercado de Nova York caíam 1,15%, cotadas a US$152,96. Na Ásia, o índice Shangai, da China, fechou em queda de 2,60%, e o HSI, de Hong Kong, tombou 4,97%, por causa do anúncio de medidas restritivas em diversas regiões do país

Texto: Stéfanie Rigamonti
Edição: Gabriela Guedes
Imagem: Vinicius Martins / Mover