Delta tem quase 11% de seus colaboradores afastados por covid-19, diz CNBC
Delta teve prejuízos nos resultados financeiros trimestrais devido à falta de funcionários, segundo diretor da companhia

Atualizado há 7 meses
São Paulo, 13 de janeiro– A Delta Air Lines teve nas últimas quatro semanas cerca de 11% de seus funcionários afastados por testarem positivo para a covid-19, segundo o diretor da companhia, Ed Bastian, em entrevista à CNBC.
Isso causou interrupções nos serviços, o que levou a um prejuízo de US$ 75 milhões, de acordo com o último balanço trimestral da empresa, divulgado nesta quinta-feira. Assim, a recuperação do setor deve atrasar dois meses, de acordo com comunicado enviado junto com o balanço.
Após divulgar os dados trimestrais, Bastian informou que os 8 mil funcionários que testaram positivo “não tinham problemas de saúde significativos”.
A companhia aérea reportou um prejuízo líquido de US$408 milhões no quarto trimestre de 2021, justificado pelo aumento de despesas com a alta no preço dos combustíveis e cancelamentos de voos ocasionados pela nova variante do coronavírus, a ômicron. As tempestades de inverno também contribuíram para a suspensão das viagens.
Esses dados levam em conta termos não-ajustados, que desconsideram reconhecimentos de recebimentos do governo, redução do valor recuperável de ativos e outros itens.
Apesar disso, a Delta superou as expectativas de lucro e receita líquida nesse balanço, com a retomada das viagens. O lucro corresponde ao valor líquido ajustado, ou seja, somado a algumas modificações, que no caso foram feitas por conta desse crescimento nas despesas.
O esperado pela Delta é que os próximos três meses também apresentem queda, mantendo a receita entre 72% e 74% dos padrões pré-pandemia, porém com expectativa de início de recuperação das viagens no começo de março.
A operação da Delta já deu sinais de estabilidade nos últimos dias e os serviços estão sendo normalizados, de acordo com a companhia.
Em todo o setor, mais de 20.000 voos foram cancelados nos EUA entre o Natal e a primeira semana de janeiro devido à alta de casos de covid-19 entre as tripulações das aéreas, o que gerou muitos afastamentos.
Política de licença médica
A Delta Air Lines e outras companhias aéreas solicitaram uma atualização ao CDC, sigla em inglês para Centro de Controle e Prevenção de Doenças, das políticas de licença médica sobre o coronavírus.
De acordo com a nova orientação, os colaboradores da Delta que contraem covid-19 devem fazer isolamento de cinco dias, metade do período previsto antes. Esse tempo de quarentena é remunerado, e eles recebem por mais dois dias caso continuem testando positivo no quinto dia.
A diretora da Associação dos Comissários de Bordo, Sara Nelson, posicionou-se no Twitter contra as modificações: “A Delta está dizendo aos colaboradores de todos os grupos de trabalho que eles devem vir trabalhar com sintomas, mesmo que alguém da casa tenha dado positivo”.
O diretor da Delta defendeu a nova política e afirmou que é baseada nas indicações do CDC.
Texto: Beatriz Lauerti
Edição: Stéfanie Rigamonti e Renato Carvalho
Arte: Vinícius Martins/ Mover
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