China reabre Xangai após dois meses de isolamento, segundo a Reuters

São Paulo, 31 de maio – A cidade de Xangai, na China, encerrou as restrições de mobilidade à meia-noite de quarta-feira, no horário local, após os lockdowns impostos em março para evitar o alastramento da Covid-19 no país, segundo a agência de notícias Reuters.

A cidade com mais de 25 milhões de habitantes passou dois meses isolada sob a rígida política chinesa de “tolerância zero” ao coronavírus. A partir de 1 de junho, a população estará liberada para sair de casa, trabalhar, dirigir e utilizar o transporte público, o que até então era proibido.

O fim das restrições animou o dia na cidade cosmopolita, segundo a reportagem, com pequenos grupos brindando com taças de champanhe e fazendo piqueniques em espaços públicos. Ainda segundo a Reuters, a Disneylândia de Xangai chegou a celebrar “a suspensão do lockdown” com um show de luzes.

Em 29 de abril, Xangai registrou 5.489 casos de Covid-19 em 24 horas, segundo dados da Universidade de Johns Hopkins – o maior número diário de infecções na cidade desde o início da pandemia. Na última segunda-feira, 30, contudo, a cidade reportou apenas 13 novos casos da doença.

Por semanas desde o fim de março, o cenário do coronavírus na China pressionou os mercados globais, frente às preocupações renovadas com interrupções nas cadeias de abastecimento, o que derrubou as bolsas asiáticas.

Mais cedo, no entanto, os índices acionários da Ásia fecharam mistos, com o Xangai Composto em alta de 1,19%, refletindo a menor preocupação com a situação da pandemia na região.

Texto: Patrícia Vilas Boas
Edição: Gabriela Guedes
Imagem: Mover