Ações do Facebook despencam com plataformas fora do ar

Em post no Twitter, o Facebook disse estar ciente das instabilidades e afirmou estar trabalhando “para que as coisas voltem ao normal"

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Bruna Bins

Atualizado há 10 meses

São Paulo, 4 de outubro – As ações da Facebook Inc despencavam nesta segunda-feira em meio à interrupção dos sistemas da companhia em vários países. Isso ocorre um dia após uma ex-funcionária da empresa revelar sua identidade e acusar a gigante de priorizar seus próprios lucros em vez da segurança pública.

Por volta das 13h45, o papel da gigante das mídias sociais desacelerava na Nasdaq 5,66%, para US$323,74. As atividades em todas as suas três principais plataformas de mídia social – Instagram, Facebook e WhatsApp – começaram a operar fora do ar um pouco antes da 13h, afirmou a CNBC.

Em post na rede social Twitter, a companhia disse estar ciente das instabilidades e afirmou estar trabalhando “para que as coisas voltem ao normal o mais rápido possível e pedimos desculpas por qualquer inconveniente”. A causa da interrupção ainda não foi divulgada.

Denúncia contra Facebook

As interrupções nos sistemas da empresa ocorrem um dia após a ex-gerente de produtos da equipe de desinformação cívica do Facebook, Frances Haugen, revelar ser a fonte por trás de documentos vazados contra a companhia ao The Wall Street Journal. Segundo provas, os executivos do Facebook estavam cientes dos impactos negativos de suas plataformas sobre os jovens usuários.

Em seu site pessoal, Haugen afirmou que, durante sua permanência na empresa, “ficou cada vez mais alarmada com as escolhas que a empresa faz de priorizar seus próprios lucros em vez da segurança pública”. Segundo matéria do The Wall Street Journal, um documento interno descobriu que, de adolescentes relatando pensamentos suicidas, 6% dos usuários americanos atribuíram o desejo de se matar ao Instagram.

Texto: Bruna Bins
Edição: Gustavo Boldrini e Stéfanie Rigamonti
Arte: Reprodução / Flickr