Puxada pelos combustíveis, inflação tem pior março em seis anos, mesmo abaixo do consenso
Puxada pelos combustíveis, inflação tem pior março em seis anos, mesmo abaixo do consenso
Puxada novamente pelos combustíveis, a inflação atingiu 0,93% em março, pior resultado para o mês em seis anos, mas abaixo do consenso

Atualizado há mais de 1 ano
São Paulo, 9 de abril – Puxado novamente pelos combustíveis, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, para o mês de março atingiu 0,93%, abaixo do esperado. Contudo, esta é a pior leitura em seis anos para o mês. O consenso do TC esperava alta de 1,03%. Em março de 2015, o resultado da inflação foi de 1,32%. Nos primeiros três meses do ano, acumulou inflação de 2,05%, disse o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE.
Inflação supera meta e intervalo de tolerância
O IPCA acelerou para 6,10% no acumulado de 12 meses, acima da meta, que neste ano é de 3,75%, e do intervalo de tolerância de 1,50 ponto percentual para cima ou para baixo. De olho nos resultados da inflação, os contratos de juros futuros abriram em queda. Mas logo viraram e operavam em alta de até 13 pontos-base perto das 11h00. Os destaques são os contratos para janeiro de 2027 e janeiro de 2025.
Considerado o índice da inflação oficial do Banco Central, o IPCA acompanha os preços dos principais produtos e serviços consumidos pelas famílias com renda entre um e 40 salários-mínimos.
Alta dos combustíveis acelerou drupo de transportes, puxando IPCA
No mês, dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, cinco aceleraram. Destaque para transportes, que passou de 2,28% em fevereiro para 3,81% em março, por causa da inflação dos combustíveis, que subiram 11,23%.
O segundo maior impacto da inflação oficial brasileira veio do grupo de habitação, que subiu 0,81% em março, devido ao aumento do preço do gás de botijão, com alta de 4,98%, e da energia elétrica, com avanço de 0,76% nos preços.
Já o grupo de alimentação e bebidas, com forte peso no índice, segue desacelerando, passando de 0,27% em fevereiro para 0,13% em março. É a quarta desaceleração consecutiva do grupo. Outro com redução nos índices foi o de educação, como já era esperado após os reajustes de preços de matrículas no mês passado. O grupo passou de inflação de 2,48% para baixa de 0,52% em março.
Texto: Guilherme Dogo
Edição: Guillermo Parra-Bernal e Letícia Matsuura
Arte: Vinícius Martins / TC Mover
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