Poupança interrompe sequência positiva em agosto
Pela primeira vez desde março, a poupança registrou retirada líquida, na esteira da performance negativa do investimento. Saiba mais!

Atualizado há 12 meses
Brasília, 6 de setembro – A tradicional caderneta de poupança interrompeu a sequência de captação líquida que registrava desde o mês de abril. Foi registrada retirada líquida em agosto, a primeira desde o mês de março deste ano, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira, 6.
No mês passado, a poupança registrou saída líquida de R$5,47 bilhões, que representa saques menos depósitos. Em julho, a poupança havia registrado entrada líquida de R$6,38 bilhões.
Performance negativa da poupança impactou no resultado de agosto
O resultado de agosto acentua o desempenho negativo ao longo do ano. Até o momento, o investimento mais popular entre os brasileiros registrou retirada líquida de R$15,6 bilhões, impactada fortemente pela performance negativa nos primeiro trimestre, quando o governo havia interrompido o repasse do auxílio emergencial aos mais vulneráveis, iniciado em 2020.
Como consequência da interrupção dos pagamentos, na esteira da flexibilização de medidas de distanciamento em diversos estados, a poupança registrou retirada de recursos nesse período. O governo retomou o programa de transferências apenas em março.
Poupança rural teve retirada líquida de quase R$70 milhões
Em agosto, os saques superaram os depósitos em R$5,40 bilhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, enquanto na poupança rural houve retirada líquida de R$68,9 milhões.
No mesmo período do ano passado, na esteira da liberação do auxílio emergencial e da interrupção da atividade econômica em decorrência da pandemia, o investimento teve captação líquida de R$11,40 bilhões. Foi o maior resultado para o mês desde o início da série histórica pelo BC, em 1995.
Atualmente, a aplicação da caderneta de poupança rende 70% da taxa Selic, regra válida quando o juro básico está em até 8,50% ao ano. Isso coloca a remuneração da aplicação em 3,675% em 12 meses, considerando a taxa Selic em 5,25%, de acordo com a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central, Copom, do mês passado.
Texto: Gabriel Ponte
Edição: Guilherme Dogo e Letícia Matsuura
Arte: Vinícius Martins / Mover
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