IGP-M: Com queda do minério, 'inflação do aluguel' cai 0,64% em setembro

Com a forte queda do minério de ferro em setembro, o Índice Geral de Preços – Mercado, IGP-M, apresentou deflação em setembro

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Guilherme Dogo

Atualizado há 11 meses

São Paulo, 29 de setembro – Com a forte queda do minério de ferro em setembro, o Índice Geral de Preços – Mercado, IGP-M, apresentou deflação em setembro, até maior do que o consenso do mercado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getúlio Vargas.

O IGP-M de setembro caiu 0,64%, após alta de 0,66% em agosto. A expectativa era de variação negativa de 0,45%. Agora, o índice acumula alta de 24,86% nos 12 meses até setembro e de 16% nos nove meses de 2021.

Peso do minério de ferro no IGP-M

A deflação, entretanto, deveu-se unicamente à queda de mais de 20% do minério de ferro no mês. Em agosto, apesar de subir, a commodity já tinha influenciado resultado abaixo do esperado pelo mercado. O minério sofre com pressões regulatórias na China e chegou a ser cotado abaixo de US$100 neste mês.

“O minério de ferro continua influenciando o resultado do IGP-M. A queda de 21,74% foi a principal contribuição para o resultado do índice. Sem o minério de ferro, o IGP-M teria registrado alta de 2,37% em agosto e de 1,21% em setembro”, afirma o coordenador dos Índices de Preços, André Braz.

Com isso, o Índice de Preços ao Produtor Amplo, que detém o maior peso no IGP-M e capta a variação do minério de ferro, caiu 1,21% neste mês. Já o Índice de Preços ao Consumidor subiu 1,19%, influenciado pela energia elétrica, que subiu 5,75%.

O Índice Nacional de Custo da Construção teve alta de 0,56% no período, com o encarecimento da mão de obra, que subiu 0,27%.

Texto: Guilherme Dogo
Edição: Lucia Boldrini e Stéfanie Rigamonti
Arte: Vinícius Martins / Mover