Novonor e Petrobras esperam dividendos para definir venda da Braskem, dizem fontes

São Paulo, 1 de fevereiro – A Novonor, antiga Odebrecht, e a Petrobras devem esperar a publicação dos resultados trimestrais da Braskem e a distribuição dos dividendos para definirem como vão conduzir a venda das ações da petroquímica, disseram ao Scoop by Mover fontes com conhecimento no assunto.

Na semana passada, as duas controladoras resolveram adiar a venda das ações preferenciais de classe A que possuem da Braskem, que estava programada para esta semana, por conta da dificuldade em estabelecer o preço dos papéis, cotados abaixo da faixa de R$45.

Cerca de R$45 por ação seria o suficiente para quitar a dívida com os bancos que possuem as garantias fiduciárias das ações que pertencem a Nonovor, que somam R$13,75 bilhões. A empresa, no entanto, espera vender por valores além desse limite, pois o excedente renderia alguma folga de caixa.

De acordo com uma das fontes, que falou ao Scoop na condição de anonimato, a Novonor acredita que as ações da Braskem devem ser precificadas entre R$60 e R$70 após a distribuição dos dividendos e a migração da petroquímica para o segmento Novo Mercado, nível mais elevado de governança da B3.

A expectativa da Braskem com relação aos dividendos é bem otimista. Outra fonte revelou ao Scoop que internamente há a certeza de que após os números do balanço do quarto trimestre de 2021, previsto para ser divulgado ao mercado no mês que vem, os papeis da petroquímica voltarão a patamares mais confortáveis para suas controladoras.

Também há a expectativa de que a Novonor e a Petrobras cheguem a um valor que possibilite a venda da totalidade das ações da Braskem entre possíveis fundos de investimentos interessados.

Procuradas, a Novonor, a Petrobras e a Braskem ainda não responderam aos pedidos de comentários do Scoop by Mover.

Desempenho das ações

Perto das 15h55, as ação preferencial de classe A da Braskem (BRKM5) era comercializada a R$51,01, em avanço de 3,74%, uma das maiores altas do Ibovespa nesta terça-feira. Porém, no ano, o papel desvaloriza 11,49%. Enquanto isso, a preferencial (PETR4) e ordinária (PETR3) da Petrobras subiam 1,95%, a R$32,98, e 2,21%, a R$36,05, respectivamente. No mesmo horário, o Ibovespa operava em alta de 0,66%, aos 112,8 mil pontos.

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Texto: Bruna Narcizo e Machado da Costa
Edição: Gabriela Guedes e Letícia Matsuura
Imagem: Divulgação