Leilão da Codesa abre caminho para licitação do Porto de Santos
Segundo duas fontes do governo, a Codesa será disputada por dois fundos de investimentos brasileiros, o Vinci Partners e a Quadra Capital

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Atualizado há 3 meses
Brasília, 29 de março – O governo federal realiza nessa quarta-feira, 30, o primeiro leilão de uma autoridade portuária no país, a Companhia Docas do Espírito Santo, Codesa, em um certame com pouca disputa, mas que medirá a temperatura do mercado para a licitação, no fim do ano, do Porto de Santos, considerado a “jóia da coroa” entre os ativos que serão oferecidos à iniciativa privada.
Segundo duas fontes do governo, a Codesa será disputada por dois fundos de investimentos brasileiros, o Vinci Partners e a Quadra Capital.
Em entrevista à Mover, o secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, afirmou que a abertura da sala de informações para a privatização do Porto de Santos deve ocorrer entre maio e junho.
“Sempre entendemos que teríamos menos interessados na Codesa e dois fundos de investimento brasileiros apresentaram proposta. Para Santos, identificamos apetite de estrangeiros. A Codesa é uma operação muito menor, movimenta sete milhões de toneladas por ano, enquanto Santos movimenta 147 milhões de toneladas”, afirmou Piloni.
Ele acredita que a alta do custo de insumos da construção civil e os juros altos não serão empecilhos para o leilão de Santos.
“O setor portuário é resiliente. Em portos multicargas, como o de Santos e o da Codesa, há compensações; um tipo de carga compensa o outro. No primeiro ano de pandemia, containers sofreram impacto, mas o setor agro, principalmente o volume de grãos e fertilizantes, compensou”, disse.
O governo espera enviar o processo do leilão de Santos ao Tribunal de Contas da União até o início de maio. O edital deve ser publicado entre setembro e outubro.
Piloni também não vê as eleições presidenciais de outubro como um problema para a realização do leilão. “O calendário eleitoral não prejudica porque trazemos investimentos que a União não consegue fazer, com objetivos de meta e melhoria na prestação de serviços. Independente da assinatura do contrato, que acontecerá em 2023, com o atual governo se reelegendo ou não, todo o desgaste de desestatização já ocorreu”, disse.
O vencedor do leilão da Codesa terá que oferecer o maior valor de outorga à União. O novo operador terá de realizar investimentos de cerca de R$783 milhões ao longo dos 35 anos de contrato.
Texto: Feonardo Goy e Maria Luiza Dourado
Edição: Gustavo Boldrini e Gabriela Guedes
Imagem: Mover
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