Bradesco vê estabilização da inadimplência no 2º semestre, diz diretor-presidente
Conforme balanço divulgado ontem à noite, entre janeiro e março, o índice de inadimplência do Bradesco teve alta de 0,4 ponto percentual

Atualizado há cerca de 2 meses
São Paulo, 9 de fevereiro – O Bradesco projeta um crescimento de 0,1 a 0,2 ponto percentual no índice de inadimplência acima de 90 dias no segundo trimestre, e vê uma estabilização no indicador a partir do segundo semestre, disse hoje o diretor-presidente do banco, Octavio de Lazari Jr..
Conforme balanço financeiro do Bradesco divulgado ontem à noite, entre janeiro e março, o índice de inadimplência do banco teve alta de 0,4 ponto percentual na base sequencial, em linha com a aceleração da carteira de crédito em segmentos mais arriscados, como cartão de crédito.
A expectativa do Bradesco para a inadimplência é de “normalização em patamares mais elevados”, disse Lazari durante teleconferência de resultados, reiterando que a previsão “não é absoluta” e que o banco continuará analisando fatores macroeconômicos e o próprio mix da carteira para emitir novas avaliações sobre o cenário do indicador”.
A guerra na Ucrânia e a persistência da inflação trouxeram “mudanças significativas” para a análise de cenário, levando o Bradesco a mudar algumas de suas metas para o ano, elevando as orientações para provisões e margem com clientes, disse Lazari. Segundo o executivo, com a inflação sem sinais de arrefecimento, o Banco Central deve manter a taxa Selic em patamares elevados ao menos até metade de 2023.
O crescimento da carteira de crédito do banco deve desacelerar ao longo do ano após a forte alta de 18,3% na comparação anual no primeiro trimestre, segundo Lazari. O executivo avalia que o segmento de crédito para empresas deve ser o mais afetado pelo cenário macroeconômico, uma vez que as companhias devem focar no crédito para pagar dívidas e obrigações, e não para investir em crescimento.
O segundo maior banco comercial do Brasil reportou ontem lucro líquido recorrente de R$6,82 bilhões no primeiro trimestre, acima do consenso Mover de R$6,73 bilhões. Segundo Lazari, o resultado foi puxado pelo aumento dos spreads com a alta de juros, que elevou a margem com clientes em 19,6% na base anual.
Perto das 11h30, ação preferencial do Bradesco (BBDC4) avançava 1,30%, a R$17,96.
Texto: Gustavo Boldrini
Edição: Allan Ravagnani e Stéfanie Rigamonti
Imagem: Vinicius Martins / Mover
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