Petroleiros vão à CVM contra Caio Paes de Andrade na presidência da Petrobras
Os acionistas minoritários alegaram que o comando da Petrobras nas mãos de Paes de Andrade pode trazer riscos para a companhia e aos sócios

Atualizado há cerca de 2 meses
São Paulo, 27 de junho – Representantes da Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários, Anapetro, protocolaram nesta segunda-feira uma denúncia à Comissão de Valores Mobiliários, CVM, contra a nomeação de Caio Paes de Andrade para o cargo de presidente da Petrobras, alegando que o indicado “não possui requisitos legais para exercer a atividade”.
Segundo o documento enviado à CVM, a Anapetro julgou que a escolha de Andrade, aprovada hoje pelo Conselho de Administração da petroleira, pode apresentar risco à estatal e a seus sócios minoritários, citando “eventuais atos lesivos ao patrimônio da companhia e aos interesses de seus acionistas”.
A Anapetro também alertou para o “atual cenário de instabilidade atravessado pela Petrobras, com trocas frequentes nos membros de sua gestão” e para a possibilidade de investigação do funcionamento da companhia em uma Comissão Parlamentar de Inquérito.
As disputas sobre políticas a serem implementadas pela petroleira são outra preocupação desses acionistas, já que podem colocar “em conflito” majoritários, minoritários e órgãos de controle, ainda segundo o documento.
A Anapetro sugeriu na denúncia à CVM a instauração de um processo administrativo para análise do caso e a adoção de medidas cautelares para frear a indicação de Andrade, cuja nomeação foi aceita pelo Comitê de Elegibilidade da Petrobras na última sexta-feira e enviada para discussão no Conselho de Administração, após a renúncia do ex-diretor da estatal José Mauro Coelho, em 20 de junho.
A Federação Única dos Petroleiros também repudiou a recomendação de Andrade ao comando da companhia. Em post no site da FUP, o diretor Paulo Cardoso afirmou que considera a indicação ilegal. “Ele não tem experiência em gestão, conforme é exigido pelo decreto 8.945 que regulamenta a Lei das Estatais, que dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública. Esbarra em pelo menos dois possíveis impeditivos para sua nomeação: a experiência profissional e a formação acadêmica”, defendeu Cardoso.
O secretário geral da Federação Nacional dos Petroleiros, FNP, Adaedson Costa, também afirmou que trocar o presidente da Petrobras sem mudar a política de preços “não passa de uma estratégia política e eleitoreira, porque isso não vai resolver o problema da alta dos combustíveis”.
Questionada, a CVM ainda não respondeu aos pedidos de comentários da Mover.
Texto: Beatriz Lauerti
Edição: Gabriela Guedes
Arte: Vinícius Martins/ Mover
Comentários: [email protected]
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