China faz novo ataque à mineração de criptomoedas
O governo chinês reforçou nesta sexta-feira, 21, os planos de restringir a atividade relacionada às criptomoedas no país. Confira!

Atualizado há cerca de 1 ano
São Paulo, 21 de maio – O governo chinês reforçou os planos de restringir a atividade relacionada às criptomoedas no país, nesta sexta-feira, 21, causando uma nova derrubada no preço do Bitcoin e colocando o mercado cripto em alerta.
Dois terços de mineração do Bitcoin são feitos na China
O anúncio se deu no 51º Comitê de Estabilidade Financeira e Desenvolvimento, cuja ata foi divulgada nessa sexta-feira no site oficial do estado chinês. O vice-premiê Liu He disse que o país quer “prevenir e controlar os riscos financeiros de forma definitiva”, segundo o documento, com repressão ao trade e mineração de criptomoedas.
Dois terços da mineração de Bitcoin são feitos na China, segundo dados do Statista, o que explica o receio do mercado com o anúncio. Mas o viés negativo da China com as criptomoedas não é novidade, já que a nação restringe o mercado cripto desde 2013.
O Bitcoin era negociado a US$36,1 mil por volta das 16h50, numa queda de 10% em relação às últimas 24 horas; antes do anúncio de hoje, a criptomoeda estava próxima aos US$40 mil.
Governo chinês derrubou criptomoedas na última quarta-feira
O governo da China baniu as instituições financeiras e empresas de pagamentos de oferecer serviços relacionados às criptomoedas, na última quarta-feira, 19. É uma tentativa de aumentar o controle das transações antes do lançamento oficial do yuan digital, ou e-CNY. O resultado foi o derretimento das moedas digitais e de ações ligadas a elas, como a Tesla.
A justificativa dos chineses para o banimento é a proteção da propriedade dos seus cidadãos, bem como da norma econômica e financeira do país. Apesar disso, a população não foi impedida de acumular moedas digitais até o momento, segundo a Reuters.
Elon Musk também contribuiu para as quedas do Bitcoin
O tombo das criptomoedas nesta semana começou com um comentário do emblemático empresário Elon Musk no domingo, 16. Ele respondeu “certamente” a uma publicação em rede social que dizia que “os Bitcoiners vão se baterem ao descobrirem no próximo trimestre que a Tesla se desfez do resto da criptomoeda”. Na manhã seguinte, entretanto, Elon Musk disse na mesma rede social que a fabricante de carros elétricos não vendeu os ativos adquiridos.
Na quarta-feira da semana passada, 12, Elon Musk, anunciou que suspendeu a aceitação de pagamentos em Bitcoin para os seus veículos. Enquanto isso, ele disse procurar por outras criptomoedas que causem menos danos ambientais. A declaração resultou em uma queda generalizada nos criptoativos. No dia seguinte, porém, eles voltaram a subir, indicando uma confiança do mercado na recuperação do setor.
Em entrevista exclusiva à TC Mover, o especialista em criptoativos Paulo Boghosian disse que influenciadores como Elon Musk, Chamath Palihapitiya e Dave Portnoy conduzem um processo de apoio às moedas digitais “como se fosse um protesto contra o sistema financeiro tradicional”.
Volatilidade das criptomoedas
Apesar da atratividade e de sua crescente demanda, as criptomoedas possuem muita volatilidade. Suas cotações têm grandes flutuações em curtos períodos de tempo, parte do motivo de ainda não ter decolado como meio de pagamento global. Além disso, os movimentos erráticos de mercado, a possibilidade de roubo de registros de criptomoedas por hackers e a suspeita de manipulação de mercado também fazem parte do risco do investimento.
Muitas operações envolvendo criptoativos são realizadas de forma não regulamentada, com riscos operacionais e regulatórios. É possível encontrar diversos casos em que o dinheiro simplesmente some, é roubado por um hacker ou o investidor sofre um golpe financeiro. Por outro lado, o risco de controle da moeda por meio do governo com medidas regulatórias ao passo que as criptomoedas ganham notoriedade pode afastar investidores.
Texto: Nicolas Nogueira
Edição: Lucia Boldrini e Letícia Matsuura
Arte: Vinícius Martins / TC Mover
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