Vieira: Congresso antecipa novos riscos fiscais em nota
Maio será decisivo para as tendências fiscais, mas setores do Congresso tentarão impor contrapartidas ao mercado. Leia mais na coluna!

Atualizado há cerca de 1 ano
Brasília, 27 de abril – Superado o impasse do Orçamento de 2021, o risco fiscal se manterá no radar do investidor com o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, LDO, para 2022, sem previsão de como os efeitos da Covid-19 podem afetar as receitas, as despesas e a dívida pública.
Foi o que disse uma nota conjunta das áreas técnicas da Câmara e do Senado na última terça-feira, 20, antecipando que gastos ainda maiores podem pegar o governo de surpresa.
“A pandemia continua se alastrando em 2021, aumentando as incertezas sobre o cenário das finanças públicas em 2022”, observou o documento. Ou seja, haverá pressão sobre os juros e o câmbio novamente.
Segundo os economistas-chefes do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, e do Valor Investimentos, Paulo Duarte, o Congresso saiu fortalecido do acordo em torno do Orçamento, a quem caberá decidir sobre o avanço da pauta econômica, que é o que pode compensar os riscos fiscais. Na avaliação de Duarte, “a pauta do balanço de pagamentos do governo deve continuar dando o tom das negociações”.
Neste sentido, o presidente da Câmara, Arthur Lira, mandou tocar pautas como a Reforma Administrativa, a MP da privatização da Eletrobras e o projeto de desestatização dos Correios. No Senado, o presidente Rodrigo Pacheco pode pautar o Marco da Cabotagem nas próximas semanas.
Tudo isso converge para o mês de maio, que será decisivo para as tendências fiscais. No entanto, setores do Congresso tentarão impor contrapartidas ao mercado, como por meio da tributação de lucros e dividendos.
Como disse à TC Mover o relator da Reforma Administrativa, deputado Darci de Matos, em entrevista exclusiva na última quinta-feira, 22, “este é o ano das reformas, sem eleições. Se não fizer este ano, não faz mais”.
Se o dinheiro e a política nunca dormem, adicionando uma pitada de Brasil, concluímos que o risco fiscal é o motivo da insônia. Como tratamento precoce, o Congresso já fez seu alerta à equipe econômica.
Arte: Vinícius Martins / TC Mover
DISCLAIMER: As informações disponibilizadas na coluna são meramente opiniões do COLUNISTA na data em que foram expressas e não declarações de fatos ou recomendações para comprar, reter ou vender quaisquer títulos ou valores mobiliários, ou ainda, qualquer recomendação de investimento.
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